29.5.06
Homens Borboleta
Dois homens viajavam juntos em pleno sol de verão. Eles iam aonde vão os peregrinos perpétuos: sempre em frente. Perto do meio dia, depois de caminhar muito desde o amanhecer, resolveram parar para comer e descansar à sombra de um grande carvalho, à beira de uma campina. Almoçaram um pedaço de pão e um copo de vinho. Depois um deles se estendeu sobre a relva, com o chapéu sobre os olhos, as mãos cruzadas sobre o ventre e dormiu.
Então, de dentro de sua boca aberta, seu companheiro viu sair uma borboleta azul. Voando em círculos crescentes a borboleta foi visitando arbustos e flores, até se dirigir para um crânio de cavalo que estava sobre a relva, a certa distância dali. O homem sentado não perdeu um só dos movimentos da borboleta, que entrava e saía mil vezes daquele crânio, entrando por um olho, saindo pelo outro, depois desaparecendo no fundo das órbitas para reaparecer por entre os dentes, em rápidos volteios incessantes, até finalmente afastar-se e voltar outra vez a voar em círculos em torno da cabeça do homem que dormia e entrar pela sua boca adentro.
Nesse momento o homem acordou, esfregou os olhos e disse para o amigo enquanto se espreguiçava longamente: Acabo de ter um sonho muito agradável. Eu estava em um palácio magnífico, brilhante, maravilhoso. Eu visitava todos os seus aposentos, corria ao longo dos corredores, subia em seus andares mais altos que tinham o teto abobadado como as igrejas, depois descia a seus porões profundos. Este palácio era meu. E eu estava maravilhado porque ele tinha sido construído sobre um imenso tesouro escondido sob suas muralhas.
Foi então que o outro lhe respondeu:
- Você quer que eu diga onde é que você esteve durante seu sono? Está vendo aquele crânio de cavalo que está brilhando ao sol? Foi para lá que você foi. Eu vi seu espírito sair pela sua boca na forma de uma borboleta azul. Ela visitou todos os lugares daquele crânio, do fundo do olho até os dentes e depois voltou para dentro da sua boca. Agora, se você quiser acreditar em mim, vamos fazer um buraco sob as muralhas deste palácio, para ver se o olho do sonho é mesmo clarividente.
Eles levantaram o crânio, cavaram a terra onde ele estava depositado e descobriram o tesouro escondido. Um imenso tesouro: lá havia TUDO, tudo o que um homem pode sonhar.
Extraído de El Caballo Magico Idries Shah
21.5.06
Missão Toten
17.5.06
in my eyes
15.5.06
Zumbi - o último dos líderes do Quilombo dos Palmares.
Zumbi - o último dos líderes do Quilombo dos Palmares
Etimologia
A palavra Zumbi, ou Zambi, vem do africano quimbando "nzumbi", e significa, a grosso modo, "duende".
Histórico
O quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares - AL) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de 30.000 pessoas.
Zumbi nasceu livre em Palmares no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente 6 anos. Batizado Francisco, Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu Português e Latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar das tentativas de torná-lo "civilizado", Zumbi escapou em 1670 e, com 15 anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos 20 e poucos anos.
Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita. Mas Zumbi olhava os portugueses com desconfiança. Ele se recusou a aceitar a liberdade para as pessoas do quilombo enquanto outros negros eram escravizados. Ele rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi torna-se o novo líder do quilombo de Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares, Macaco, é destruída e Zumbi foi ferido. Apesar dele ter sobrevivido, ele foi traído, capturado e morto, quase dois anos após a batalha, no dia 20 de novembro de 1695. Os portugueses transportaram a cabeça de Zumbi para Recife, onde ela foi exposta em praça pública, para mostrar que a lenda da imortalidade de Zumbi era irreal.
Zumbi é hoje, para a população brasileira, um símbolo de resistência. É também um dos nomes mais importantes da Capoeira.
portal TioSam.com
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14.5.06
Dizem que cada um tem a mãe que precisa...
Ela harmoniza os opostos e equilibra as diferenças, mas não admite que um membro de sua família dê de ombros para as necessidades alheias e volte-se exclusivamente para si mesmo. Com uma mãe libriana, os filhos logo descobrem que todos os relacionamentos são de suma importância, não só para o equilíbrio íntimo mas também para o bem-estar geral. Seu forte é a diplomacia - ao colocar panos quentes, demonstra que não vale a pena se exaltar por bobagens. Por outro lado, pode ficar em cima do muro e adiar decisões - o curioso é que suas omissões tendem a provocar na prole o desejo de reagir e de tomar posição. Isso acontece porque ela ensina como compensar o que falta. Regida por Vênus, é vaidosa e tem sensibilidade para as artes, transmitindo lições de bom gosto e refinamento aos filhos.
Como sou para o meu filho:
Regida pelo coração, a imperiosa mãe leonina ensina a importância do amor e da arte para viver bem. Como seu poder de invenção é ilimitado, ela indica quanto é fundamental buscar a auto-realização e desenvolver a individualidade de forma criativa. Vira e mexe, sua face exigente vem à tona, com o intuito de motivar e direcionar a vontade da prole. Tal qual uma leoa na selva, gosta de dar ordens e tenta governar todo mundo, mas, alguns minutos depois, surpreende a família transformando o orgulho em humildade. Nesse momento, aprende-se que muitas rusgas podem ser esquecidas com abraços, beijos, pedidos de desculpas e declarações apaixonadas. Isso não quer dizer que ela desista de sua habitual firmeza: é sua estratégia favorita, que permite ao filhote revelar a própria força e assumir plenamente o próprio destino.
13.5.06
NÃO BRINQUE COMIGO
12.5.06
Leva eu - movimento Book Crossing
É esse também o princípio do movimento Book Crossing, nova versão das mensagens na garrafa. Você deixa livros em bancos de praça e lugares públicos esperando alguém os encontrar, ler e gentilmente os abandonar de novo, num elo invisível e meio mágico entre pessoas que não se conhecem (ou se conhecem, vai saber…). "Adoro a idéia de compartilhar literatura, me sinto parte de uma comunidade", diz Spiegel, codinome de uma gaúcha que agora compra livros só para libertá-los ao vento do acaso. Em www.bookcrossing.com é possível registrar onde e quando "esquecemos" um livro e rastrear dezenas de outros que circulam no mundo, inclusive no Brasil. Boa Sorte!
1.5.06
O que nós queremos deles
Mas afinal, o que querem as mulheres de um homem? O que nós queremos? Em primeiro lugar, que ele nos ame muito; muito, mas não exageradamente. Que nos entenda, que nos ouça sempre com muita atenção, mesmo que não esteja muito interessado no que estamos falando (mas fingindo estar). Não, ele não precisa nos trazer flores; mas deve estar sempre nos procurando, fazendo um carinho no nosso ombro, pousando (apenas pousando) a mão na nossa coxa por debaixo da mesa ou quando estiver dirigindo o carro, coisa de quem se sabe dono absoluto do nosso coração (e do nosso corpo); só faz isso um homem seguro, que é o que todas queremos.
Por outro lado, é preciso que ele nos solicite muito, pergunte que gravata deve usar, se gostamos da água-de-colônia nova, que carro deve comprar, mesmo que acabe fazendo o que quer, sem dar a mínima para nossa opinião. Mas também é preciso que às vezes fique quieto, calado, para nos deixar bem inquietas, imaginando no que será que ele está pensando. Mulher não pode nunca se sentir nem muito segura nem muito insegura: tem que ser no ponto certo. O ponto certo, essa é a questão. Para isso é preciso sensibilidade, coisa fundamental no homem que se ama. Sensibilidade para sentir quando estamos precisando de um carinho, de um amasso ou de ficar em silêncio. E ser capaz de, na hora de uma briga, dizer vem cá, sua boba", e a gente se aninhar nos braços dele esquecendo de tudo que estava falando. Ah, como é bom um homem assim. Não é preciso que ajude a lavar os pratos nem a arrumar a cozinha, essas bobagens a gente faz com o maior prazer quando ama. Mas a cada cinco minutos pode perguntar, enquanto assiste o futebol (sem tirar os olhos da TV), se ainda vai demorar muito essa arrumação, pedir para você levar uma cerveja e dizer "vem sentar do meu lado para ver o jogo". Esse jogo não nos interessa nem um pouco, mas saber que ele precisa de nós num momento tão crucial é tudo de que precisamos para ser felizes. E quando o time dele fizer um gol e ele comemorar te abraçando e beijando muito, seja solidária e mostre-se tão feliz como se tivesse acabado de ganhar o mais lindo vestido da última coleção de Valentino. Não basta ser mulher: tem que participar.
A hora de ir para a cama é muito importante: mesmo que ele esteja estudando um processo ou lendo uma revista em quadrinhos, é fundamental que ponha a perna em cima da sua, para que você sinta que, aconteça o que acontecer, ele estará sempre ligado em você. E um homem que quer ser amado sobre todas as coisas não pode jamais, mas jamais, depois de apagar a luz do abajur, se virar de costas para dormir; isso é crime que nenhuma mulher perdoa. E quando, já no escuro, ele faz um carinho na sua cabeça e se encaixa - não há mulher que resista a um homem que sabe se encaixar bem -, aí é que você sente a felicidade total e pensa que é aquele homem, aquele e nenhum outro, que pode fazê-la feliz. É só isso que queremos dos homens. Não é pedir muito, é?
Danuza Leão na Revista Claudia