Lilypie 6th to 18th Ticker

31.5.05

(Não-post) mothern

Não-post
Eu queria fazer um post em que eu desse conselhos para as mães de crianças de quase sete anos. Um post que falasse do quanto é legal ver a sua filha ficando mais responsável e independente. Um post que dissesse às mães como não perder a cabeça quando têm que falar uma coisa dez vezes antes da pessoinha topar fazer. Um post assim, que desse dicas de como convencer uma criança a se organizar, a não querer só brincar, dançar, ver televisão ou olhar para o nada. A fazer o para-casa na hora certa, a tomar o banho na hora certa, a comer quando se deve comer, a dormir na hora de dormir. Ou ainda um textinho que ensinasse as mães a não serem umas chatas que pegam no pé da filha desligadinha-para-as-coisas-práticas-e-talentosíssima-para-as-artes-e-brincadeiras. Ou que dissesse que erradas são as escolas, os horários e deveres, e que incitasse as motherns a formarem uma comunidade alternativa. Mas eu não sei nada disso. : : Laura : :
http://mothern.blogspot.com


E eu? Que além de não saber estou precisando destas respostas (imediatamente)...

haikai



Miolo de pão.
Varinha na água
pula peixão

Posted by Hello

25.5.05

um dia feliz


amigos estão sempre juntos... Posted by Hello

24.5.05

sábado de chuva

camping de sofá

você vai precisar de:

. 1 sofá de 3 lugares com encosto alto
. 2 mantas grandes
. todas as almofadas e travesseiros da casa
. 1 saladeira de plástico grande

como fazer:
pense antes na estrutura, pra não ter que ficar subindo paredes à toda hora, ótima diversão/descanso num sábado de chuva, a saladeira grande serve para os petiscos (pratinhos de criança deveriam todos ser BEM grandes), com as almofadas e travesseiros você faz a divisão interna da casa e de vez em quando não custa nada tocar a campainha dizendo que é o entregador de pizzas, tente fazer rápido para que ele(s) vejam a barraca já montada, assim...

- MÃE!! FICOU DEMAIS!! mas quem vai ter que desbagunçar tudo depois?

21.5.05

como criar um ser humano autônomo

Existem evidências históricas dignas de crédito que sugerem que as sociedades que permitem a suas crianças e seus jovens alguns anos de tolerância e mesmo rebelião moderada terminam com jovens mais saudáveis do que as sociedades que fazem de conta que tais impulsos não existem. O casamento é um critério que define a condição adulta, mas seus antecedentes vêm da infância. "O precursor do casamento é o namoro, e o precursor do namoro é o brincar". Quanto menos tempo as crianças passam brincando livremente, menor será sua competência social quando adultos. É brincando que aprendemos a dar e a tomar, que forma o ritmo fundamental de todos os relacionamentos.

O mundo estressante da concorrência implacável que os pais enxergam no futuro de seus filhos talvez nem sequer exista. Ou, então, ele existe, mas mais nas cabeças deles do que na realidade -não exatamente como uma ficção, mas como um espelho que distorce a realidade. Os pais enxergam o mundo como um lugar terrivelmente competitivo. Muitos deles projetam isso sobre seus filhos, quando são eles que vivem ou trabalham num ambiente competitivo. Então eles imaginam que seus filhos também devem estar nadando num mar repleto de tubarões. Ao comprarem condições melhores para seus filhos, de modo a mitigar sua própria ansiedade, os pais eternizam a fragilidade dos filhos. As crianças, entretanto, não são as únicas prejudicadas pela preocupação excessiva. A vigilância é enormemente cansativa -e tira toda a diversão da tarefa de ser pai ou mãe.

A condição de ser pai ou mãe se tornou menos gostosa do que era no passado, e isso de algumas maneiras mensuráveis. Vejo os pais de hoje menos dispostos a tolerar o tempo de seus filhos. Então ou eles os alimentam à força ou fazem coisas por eles (coisas que os filhos deveriam fazer). Os pais precisam abrir mão da idéia da perfeição, abrir mão de um pouco do controle invasivo que passaram a manter sobre seus filhos. A meta do trabalho dos pais é criar um ser humano autônomo. Cedo ou tarde, a maioria dos jovens será forçada a confrontar sua própria mediocridade. Os pais podem achar mais fácil abrir mão de um pouco do controle se eles reconhecerem que exageraram muitos dos perigos da infância - embora tenham constantemente ignorado outros, ou seja, a eliminação do recreio nas escolas e a onipresença dos videogames que incentivam a agressividade...

Qualidade de vida

Em seu maravilhoso livro Curar, o psiquiatra francês David Servan Schreiber fala em quatro conexões:
. aquela que fazemos com o nosso próprio corpo, que inclui o exercício físico moderado, o sentir o que é bom para nós, inclusive em termos de alimentação, não nos deixando influenciar pelos modismos, os cuidados orgânicos, enfim.
. A segunda conexão é com o outro, o entendimento de como o relacionamento é importante, como é preciso ter amigos, receber feedbacks e espelhos.
. A terceira conexão é com a comunidade, não esquecer de que temos uma cidadania do mundo e um compromisso em melhorar este planeta para novas gerações, praticando o bem e servindo.
. E a quarta é com o nosso intelecto e com o Cosmos.
Ou seja, temos o dever de abrirmos nossa mente o mais possível, através da inteligência e do aculturamento para entendermos o que viemos, realmente, fazer aqui.

Resumindo tudo: qualidade de vida é cuidar do físico, ter amigos, prestar ajuda ao próximo, estudar sempre e ter a mente esclarecida e jamais esquecer de que temos uma ligação maior com o Universo Supremo.

19.5.05

caça-palavras

O nosso país possui muitas praias bonitas e, entre elas, está LAGOINHA, um dos cartões-postais do CEARÁ. Localizada perto de FORTALEZA, ela possui uma areia fina e escura, LAGOAS de água doce e um mar verdinho. Antigamente, o local servia como porto para PIRATAS franceses e diz a lenda que embaixo das dunas existem TESOUROS enterrados.

- e agora filho? vamos caçar as palavras em destaque?
- não mãe!! vamos prá lá cavar as dunas!!

17.5.05

Banda Os Dragões


vocês ainda vão ouvir falar... Posted by Hello

Persuasão

- mãe... posso ver Pokémon?
- poxa filho! por que você gosta tanto deste desenho?
- ahhhh mãe!! porque fala sobre amigos, eles são muito amigos uns dos outros, ensina muito sobre amizades, etemaslutinhastambém. Posso??

cara de coelho!


post um pouco atrasado, é certo... Posted by Hello

O TT


traduzindo: NA HORA DE DORMIR, O TETÊ. Posted by Hello

16.5.05

Vovô Du

"Sou um maníaco, porém um maníaco inofensivo. Nutro a mania de colecionar dicionários raros, almanaques e livros didáticos antigos, frases absurdas ou ridículas dos figurões da nossa vida política. Às vezes, se me sinto deprimido, algo melancólico, leio algumas dessas frases e o meu humor muda, fico até alegre. Eu as colho das páginas de livros, jornais e revistas. Faço isto há anos, é uma coisa saudável, vale mais do que se deitar no sofá de um psicanalista, a fim de ouvir perguntas iguais a estas:
— Diga-me, qual é a sua maior frustração? Não realizou algum desejo, talvez de natureza sexual?"


Sem um delicado senso crítico, quem fala a nossa língua se prejudica.
tá com tempo? divirta-se com Fernando Jorge...
http://www.portalimprensa.com.br/190_materia_linguaportuguesa.asp

14.5.05


AVÓ é mãe 2X Posted by Hello

sem explicação

esses dias o Mateus me perguntou sobre algo que eu precisaria
consultar, como não pude dar a resposta na hora, ouvi:
- tá vendo mãe, como você não sabe TÃO de tudo!
é...

Tal Mãe, Tal Filho!! Posted by Hello

meu nome

Mateus - meu nome é uma coisa que meus pais decidiram sozinhos.
Eu não concordei, não, nome muito comum.
Queria mesmo era chamar Bruno...

O Haver

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.


Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa

Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos

De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.

Vinicius de Moraes

-Perdoa-me, porque eu também não tenho culpa de ter nascido...